O Kubernetes (K8s) é uma ferramenta poderosa para orquestração de contêineres, pois permite que as organizações gerenciem suas aplicações em escala. No entanto, para garantir que suas aplicações funcionem de forma eficiente e estável, é crucial entender como configurar corretamente os requests e limits de recursos. Neste artigo, abordaremos sobre estes dois conceitos e sua importância.
O que são Requests e Limits em K8s?
Requests
Os requests em Kubernetes são a quantidade mínima de recursos (CPU e memória) que um contêiner deve ter garantidos quando é agendado.
Quando um pod é criado, o Kubernetes utiliza esses valores para determinar em qual nó ele pode ser alocado. Se os recursos solicitados não estiverem disponíveis, o pod ficará em estado Pending até que os recursos se tornem disponíveis em algum nó dentro do cluster.
Por exemplo, se um contêiner solicita 250m (milicores) de CPU e 128Mi (Mebibytes) de memória, o Kubernetes garante que esses recursos estarão disponíveis para esse contêiner enquanto ele estiver em execução.
Limits
Os limits definem a quantidade máxima de recursos que um contêiner pode usar. O kubelet garante que o contêiner não vai ultrapassar esse limit. Se o contêiner tentar ultrapassar esse limite de CPU, ele será restringido e será emitido um evento chamado CPU Throttling. Por outro lado, se o contêiner ultrapassar o limit de memória, ele será terminado e será emitido um evento chamado Out of Memory.
Por exemplo, se um contêiner tem um limite de 500m de CPU e 256Mi de memória, ele não poderá usar mais do que essa quantidade, independentemente da carga de trabalho. Isso é crucial para evitar impactos negativos em outras aplicações em execução.
Em outras palavras, os limits ajudam a manter a estabilidade do sistema, assegurando que todos os contêineres tenham acesso aos recursos necessários.
Estes dois parâmetros desempenham um papel fundamental na alocação de recursos, evitando tanto o subaproveitamento quanto o excesso de uso que pode comprometer o desempenho da sua aplicação.
Principais desafios cobertos pelos Requests e Limits em K8s
Impacto no agendamento e no desempenho
Além das diferenças relacionadas ao objetivo e função de cada conceito, os requests têm um impacto direto no processo de agendamento de pods. Quando um pod é criado, o Kubernetes verifica os requests para decidir em qual nó ele será alocado.
O nó escolhido deve ter a capacidade mínima disponível para suportar o pod. Isso é fundamental para manter a estabilidade e a previsibilidade do cluster.
Por outro lado, os limits afetam o desempenho durante a execução. Se um pod atinge o limite de CPU, o Kubernetes pode limitar a quantidade de CPU que o pod pode usar, o que pode resultar em uma degradação do desempenho.
Se o pod ultrapassar o limite de memória, ele pode ser finalizado abruptamente, causando potenciais falhas na aplicação.
Comportamentos padrão e sobrecarga
Por padrão, se um pod não tiver requests e limits definidos, o Kubernetes assumirá que ele pode usar a quantidade de recursos disponível no nó até o limite físico. Isso pode levar à sobrecarga do nó se vários pods tentarem consumir muitos recursos ao mesmo tempo.
Definir requests e limits é uma prática recomendada para evitar esse comportamento indesejado, permitindo que o Kubernetes gerencie os recursos de maneira mais eficiente e previsível. Sem essa configuração, é possível que um pod com uso intensivo de recursos resulte em falhas ou na degradação do desempenho.
Os desafios na configuração de Requests e Limits
Muitas equipes enfrentam dificuldades ao determinar os valores ideais para requests e limits. A falta de visibilidade sobre o uso real dos recursos e a variação nas cargas de trabalho tornam essa tarefa desafiadora. Além disso, ajustes manuais podem ser demorados e propensos a erros.
Neste cenário, a implementação de uma estratégia de análise de dados pode ajudar as equipes a entenderem melhor o comportamento das aplicações ao longo do tempo.
Com insights sobre o uso de CPU e memória, é possível tomar decisões mais informadas sobre como ajustar requests e limits. Essa abordagem não só melhora o desempenho, mas também pode resultar em economias significativas.
Integrando FinOps ao gerenciamento de Kubernetes
A integração de capacidades de FinOps como Workload Optimization no gerenciamento de Kubernetes é uma maneira eficaz de alinhar os objetivos de TI com as metas financeiras da empresa. FinOps promove uma colaboração mais estreita entre as equipes de finanças e operações, permitindo um controle mais rigoroso sobre os gastos com infraestrutura.
Além disso, ao monitorar os custos associados a cada contêiner, as equipes podem identificar com maior eficácia as áreas onde os gastos podem ser reduzidos. Com uma melhor visibilidade, é possível ajustar requests e limits de forma a otimizar o uso de recursos e, consequentemente, reduzir custos.
Reduza custos e alcance o máximo desempenho de suas aplicações com K-IARA
A configuração adequada de requests e limits é essencial para o sucesso em ambientes Kubernetes. No entanto, pode ser um desafio para muitas equipes.
Para superar e simplificar todo o processo, a solução K-IARA da RealCloud surge para proporcionar uma abordagem inteligente e adaptativa para a otimização de custos e recursos.
Desenvolvida pela principal provedora de soluções de gerenciamento e otimização contínua de nuvem na América Latina, K-IARA é uma solução inovadora que ajuda a otimizar a alocação de recursos. Com a K-IARA, as empresas podem reduzir seus custos em até 60% ao aumentar a eficiência no uso dos recursos do Kubernetes.
Com alta segurança, automação e visibilidade dos gastos proporcionadas pela K-IARA, as equipes podem se concentrar em estratégias de valor, em vez de se perder em tarefas manuais.
Transforme a maneira como sua empresa gerencia Kubernetes e conquiste um desempenho superior em suas aplicações.
Clique aqui e agende agora mesmo uma demonstração da K-IARA.
Comments